quarta-feira, 27 de maio de 2015

O lado triste tech dos dias atuais




A tecnologia sempre foi agradável aos olhos de quem é curioso, e curioso meus amigos, sempre foi o meu sobrenome. A oportunidade única de estar "na crista da onda" e experimentando coisas que nunca ninguém antes experimentou é algo que me soava próximo do sublime, como estar dentro de uma cena de "De volta para o futuro", era mágico, era propriamente dito: estar no futuro. Eu sempre quis estar no futuro. Sempre enxerguei a tecnologia como uma coisa que somente melhoraria a vida das pessoas, um apoio, uma espécie de upgrade humano.

Não me sinto vanguarda do movimento tecnológico, mais em específico o computador, mas posso dizer com propriedade que tecnologia sempre esteve presente na minha vida. Quando meu pai colocou seu primeiro computador com suporte a Windows em casa eu simplesmente não dormia tentando entender a lógica quântica por trás do mouse: "Pai, deixa eu mexer no rato por favor?". Aquela tela azul (ou seria verde?) piscina de background do windows mexia tanto com a minha cabeça que por anos foi minha cor predileta.

A questão problemática a qual observo hoje é que por vezes estamos totalmente reféns de uma barra de chips interligados que carregamos o dia todo no bolso. É praticamente uma obrigação alimentá-lo, abastece-lo, e é claro, o apertar como um retardado mental a todo filho da puta de momento. A questão é que talvez ele já não nos auxilia, ele nos parasita. Ele já não nos lembra, ele nos obriga. As vezes eu acho até que ele está acabando com as nossas vidas.

Hoje eu me peguei observando esse carinha que chegou cheio de boas intenções e parece que levou muitos amigos meus para longe, muita coisa boa ficou sem ser vivida, muitas emoções foram registradas mas sinceramente não sei ao certo quantas foram sentidas. O filho da puta esteve tão bem apresentado este tempo todo.

Mas talvez eu só esteja ficando velho;
e chato;
e muito saudosista.

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