domingo, 23 de agosto de 2015

Aí Dona Ana... sem palavra hein, a senhora é uma rainha!



Já faz algum tempo que perdi a minha avó materna. De qualquer forma, mesmo assim a lembrança de Dona Ana é coisa rotineira na minha vida, mulher forte, dona de boteco, viúva e de fala estridente, dificilmente não alcançava as coisas que queria, era, como se diz, uma mulher de fibra. Em minha infância, nossa relação era praticamente maternal, claro, do jeito dela. Ela me ensinou muitas coisas importantes da cartilha clichê de coisas que se ensinam a crianças ao mesmo passo em que comprava todas as porcarias que uma criança de 7 anos gostaria de comer.
Ela literalmente movia o mundo para me ver feliz.
Os anos se passaram e toda vez que eu ia visitar a Dona Ana era para vê-la no fundo de uma cama, invariavelmente reclamando de alguma coisa.
Algum tempo depois ela veio a falecer. E foi aí que estreitamos nossos laços.
Eu tinha a porra de 7 anos de idade, como é que iríamos trocar uma ideia com igualdade a essas alturas?
Em meio a depoimentos de parentes, fotos e outros registros, e algumas poucas lembranças eu somente constatei que o meu amor e carinho pela Dona Ana é sim eterno. Eterno.

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