domingo, 6 de setembro de 2015

Sobre meter o pé as vezes



Já faz pelo menos uns cinco anos que tenho uma aposta mental comigo mesmo. Sabe, dessas coisas de não pisar na borda dos ladrilhos da calçada, de chegar a calçada do outro lado da rua antes de o carro passar por sua coordenada y, é aquela espécie de aposta sem nenhum compromisso mas que você simplesmente arriscaria sua vida para vencê-la, bom, o meu negócio é que eu sempre tenho que viajar, rodar mais e mais km do que no ano anterior. E fico feliz em dizer que venho vencendo a mim mesmo, ano após ano.
Para mim, algumas coisas estranhas acontecem aonde não falam da mesma forma que estou habituado a ouvir, lá aonde as pessoas já não agem mais com obviedade, e sim eu, por mais pura ironia mesmo. Lá aonde os rostos já não são tão familiares ao ponto de eu ficar especulando mentalmente quais foram miscigenações que aconteceram por estes novos quadrantes. Essa porra de lugar é aonde eu gosto realmente de estar.
Esse lugar é tão mágico que ele não existe, pelo simples fato de estar sempre um passo a frente, sempre um passo adiante. E tão somente após chegar lá, ele já quase que automaticamente faz parte do meu âmago, e então, é hora de partir de novo e de novo e de novo, novo.

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